Algumas semanas se passaram desde a fatídica aterrissagem de
nossos personagens no planeta Terra. Após muitos protestos de Blacky, todos já
haviam se acostumado com as corriqueiras refeições elaboradas por Ghostface, o
qual à esta altura, já adquirira uma certa habilidade em capturar pombos para o
jantar.
Ao lado de sua habitual pilha de ossos, Mussum tentava adentrar no mundo dos sonhos enquanto os quatro terminavam sua ceia:
Ao lado de sua habitual pilha de ossos, Mussum tentava adentrar no mundo dos sonhos enquanto os quatro terminavam sua ceia:
- Estou dizendo para vocês que para conseguirmos decolar
vamos precisar de mais do que alguns litros de combustível fóssil – disse Blacky
largando um pedaço de coxa de pombo de lado – Tem certeza que não conseguimos
encontrar um acelerador de partículas subatômicas para substituir da minha nave?
- Eu já lhe disse que aquele acelerado me parece em
perfeitas condições, cara! – Protestou Ghostface – E neste planeta você não
conseguirá encontrar nenhum acelerador de partículas menos do que um caminhão.
- Eu já acho que o problema está no ativador do câmbio por
energia cinética! – disse o Pirata – Aquilo está com uma aparência terrível!
- O ativador biomecânico está intacto – disse Drake devorando mais um pedaço de pombo – Talvez se colocássemos mais alguns torpedos de fótons aquela banheira fique mais legal.
- O ativador biomecânico está intacto – disse Drake devorando mais um pedaço de pombo – Talvez se colocássemos mais alguns torpedos de fótons aquela banheira fique mais legal.
- Estamos tentando fazer a nave voar, não explodir, Drake! –
disse Blacky.
Mussum parecia concordar um pouco com a opinião de Blacky,
mas não conseguia conceber a ideia de que o micro acelerador de partículas
deveria ser posto em série com a alimentação dos motores secundários. Mussum
soltou um suspiro e se preparava para tentar dormir quando um barulho um tanto
estranho lhe chamou a atenção. Não muito longe dali alguma coisa acabara de
adentrar a atmosfera do planeta em uma velocidade incrível, e Mussum bem sabia
que aquilo estava começando a ficar estranho demais. Logo ele se levantou, e
com movimentos milimetricamente calculados de seu rabo, e com uma escolha
perfeita de tons, tentou avisar os outros do que acabara de ouvir, em uma – não
tanto – incrível harmonia em Lá menor.
- Mussum, o que você tanto late? – indagou o Pirata.
- Ele está tentando dizer algo sobre um elefante gigante
caindo do céu! - exclamou Drake
- E o que um elefante estaria fazendo caindo do céu a esta
hora da noite? – perguntou Blacky
- Eu não saberia responder isto, mas acho que aquela luz no
horizonte não estava lá agora a pouco. – disse Ghostface com o dedo apontando a
janela ao fundo do galpão.
Uma imensa luz branca cortava o horizonte em uma dança
bastante peculiar, como se estivesse procurando o melhor lugar para se atirar
contra o solo. A música de fundo, por sua vez, não era nem de longe algo
agradável para se ouvir em uma apresentação de dança, e como Mussum logo pôde
contatar, não era algo agradável de se ouvir nem no fim do Universo.
- Deve ser meu pessoal me procurando! – exclamou o Pirata –
Eu sabia que aqueles energúmenos não me deixariam na mão!
Não muito distante dali, um jovem parecia bastante
contrariado e confuso ao ver sua sombra aumentar de tamanho consideravelmente a
sua frente, quando deveria se recolher e pular para o outro lado, como de
costume quando atravessava mais um poste de luz. Logo ele percebeu que algo
estava errado e decidiu se virar para ver, mas era tarde demais. Uma grandiosa
luz desceu do céu em sua direção. Em meio a uma indecisão entre correr, ficar
parado ou gritar por socorro, a luz chegou ao seu encontro, e como em um passe
de mágica desapareceu instantaneamente. Em sua frente, algo pequeno e brilhante
parecia querer lhe chamar a atenção a todo o custo. Ele se aproximou e pode ver
uma pequena pedra semitransparente caída no chão, onde uma fraca luz ainda
pulsava no seu interior. Em um movimento não muito preciso, ele se abaixou e
pegou o pequeno cristal.
- Esta droga está me deixando maluco! – exclamou ele
enquanto arremessava para longe a garrafa de vodca que vinha carregando.
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